Prop-ology – O Pião do Cobb (A Origem)

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A Origem foi motivo de conversa quando saiu em 2010. Não só por ter um elenco estelar e por ser visualmente espetacular, mas também por incentivar o pensamento.

Ao longo do filme, à medida que as personagens entram em sonhos diferentes, os cenários mudam, bem como a palete de cores e quase parece que passámos para um filme completamente diferente. No fim, todo esse caleidoscópio leva a uma simples questão: Será que a história se está a passar num sonho ou será que as personagens já voltaram à realidade?

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Na cena final, Cobb, a personagem principal, vê-se reunida com a família. No entanto, a audiência fica na dúvida sobre se isso será um sonho. Nesse momento, Cobb lança um pião que supostamente lhe daria a resposta, mas acaba por se afastar dele. Cobb podia não querer saber se estava no sonho, mas os milhões de pessoas que viram a cena terminar sem o pião parar de girar não se conformaram. Hoje, há quase como um culto e várias teorias sobre o final ambíguo do filme.

A Origem

Aviso já que não encontrarão a resposta aqui, mas ficarão a saber um pouco mais sobre essa misteriosa prop.

Numa entrevista, Christopher Nolan, o realizador, falou sobre o pião:

Na realidade, eu tinha um pião. Tinha-o dado à minha mulher como presente há vários anos e meio que deparei com ele um dia. […] O pião que me baseei era muito difícil de fazer girar. Por isso, a forma do pião que acabámos por usar, que foi feito de propósito pelo departamento de props, tinha um centro de gravidade muito particular para ser fácil de pôr a girar. Todas as cenas do pião são reais.

Scoot Maginnis, mestre de props, também teve o seu dizer:

[Christopher Nolan] tinha esta coisa velha a que chamava ‘pião’… mas que não girava. Por isso redesenhei-o completamente e a única coisa que mantive foi a textura. Tinha uma textura impressionante. Depois arranjei um monte de pião, arranjei talvez uns 20, e fui girá-los para ver quais tinham o melhor visual e quais giravam melhor. Daí arranjei quatro pessoas diferentes para fazer um que funcionasse e, quando esse chegou, era óbvio que era ‘o tal’. Foi engraçado: Levei cerca de três ou quatro meses a desenhar a caixa que transporta as personagens para os sonhos, mas o pião levou apenas cerca de três horas.

Realidade ou sonho, a verdade é que a prop é tão visualmente atraente como o próprio filme… Mas muito mais simples.

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