Jennifer Lopez volta a espalhar beleza no grande ecrã com esta nova comédia/drama pelo olhar de Peter Segal neste “Segundo Ato”
“Segundo Ato” conta a história de Maya (Jennifer Lopez), uma árdua trabalhadora num supermercado pretende subir na sua carreira, sendo constantemente impedida devido aos poucos estudos que ela tem. Qual o seu espanto quando consegue uma entrevista numa grande empresa de cosmética para um grande cargo, tudo devido ao facto do seu sobrinho ter criado um CV falso para ela.
Agora, Maya terá de provar o seu valor neste novo mundo, que a sua experiência de vida é igualmente relevante como os estudos académicos, enquanto esconde a sua verdadeira identidade dos seus colegas e se vê numa luta por poder com Zoe (Vanessa Hudgens), a filha do patrão.
Se, ao ler isto, tem a sensação de que já viu este filme em qualquer lado, não poderia estar mais correto. “Segundo Ato” tem um dos argumentos mais básicos, demasiadas vezes batido em variados filmes. Todos os pontos em que toca são totalmente previsíveis, desde o início até ao fim.
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O drama é demasiado cliché e a comédia é vergonhosa, sem qualquer timing e repleto de piadas óbvias, demasiado focadas em comédia física, que não se interliga devidamente com os momentos dramáticos. “Segundo Ato” ainda apresenta conflitos e situações entre as personagens que são resolvidos numa questão de minutos, não apresentando qualquer gravidade para o enredo, tendo apenas a função de “encher chouriços”.
No centro da acção temos os actores que, de um modo geral, até oferecem performances competentes. Seja Jennifer Lopez, Vanessa Hudgens ou Milo Ventimiglia (com uma aparência demasiado semelhante ao seu Jack de “This is Us”), todos demonstram algum à vontade à frente da câmara. Mas as personagens são demasiado superficiais, sem causar qualquer impacto, e caricaturas da personalidade dos próprios actores.
Apesar de apenas ter 1:40 horas de duração, “Segundo Ato” aparenta ser demasiado longo para aquilo que tem para contar. Isto advém do facto de não ser um filme de todo original e, para além disso, ser pouco entusiasmante e cativante de se ver.
“Segundo Ato” é um filme tipo pastilha elástica – consegue entreter durante uns minutos, mas rapidamente perde o sabor. É totalmente esquecível, não ofende mas não se consegue retirar nada do mesmo. Pode ser um visto para simplesmente passar o tempo mas será para isso que queremos o cinema?