Alerta Geral! O icónico grito de Bernard Farcy volta a ser ouvido a alto e bom som tal como Pump It dos Black Eyed Peas num reboot melhor que aquilo a que por esta altura estamos habituados.
Estreado ainda nos anos ’90 em França, numa era pré-“Velocidade Furiosa”, “Táxi – Uma Viagem Alucinante” (que em Portugal só chegou a 11 de agosto de 2000) rapidamente se tornou um filme de culto. O seu sucesso desencadeou um conjunto de sequelas, todas elas vistas por vários milhões de espectadores por todo o mundo. Com quatro filmes protagonizados pela dupla do taxista experiente Samy Naceri e do polícia desajeitado Frédéric Diefenthal, acompanhados pelo hilariante Bernard Farcy e por uma jovem Marion Cotillard e com direito a cameos de celebridades como Sylvester Stallone, a saga ‘Táxi’ foi um fenómeno gigante da comédia francesa.
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20 anos mais tarde, em que já passou mais de uma década desde a quarta entrega, e numa altura em que os filmes da saga “Velocidade Furiosa” são agora êxitos multi-milionários, chegou a altura do estúdio francês de Luc Besson, produtor e argumentista dos cinco filmes, continuar a explorar as aventuras rocambolescas da esquadra da polícia de Marselha. Mas ao contrário de uma tentativa falhada de ganhar facilmente mais uns milhões de euros, o resultado é um filme que cumpre naquilo a que se compromete, boas gargalhadas acompanhadas de perseguições de carros a alta velocidade com uma nova dupla protagonista que é bem justificada no seguimento da narrativa.
Com várias cenas de comédia verdadeiramente genuínas, mas também vários gags menos inspirados, o balanço final tende para o positivo. É uma comédia que não fica atrás das sequelas. O filme ainda consegue incluir algumas nuances no decorrer da história que funcionam como boas homenagens ao resto da saga. Acima de tudo, “Táxi 5” é das raras sequelas que consegue fazer um reboot quase total de uma saga sem perder a sua essência e apresentando uma nova dupla que apesar de menos icónica não desilude.
Em conclusão, apesar de algumas falhas, quem já conhece não deve ficar desiludido. E quem nunca ouviu falar vai certamente achar divertido.