A notícia foi recebida com grande surpresa ao ser confirmada a compra da Time Warner por parte da empresa de telecomunicações AT&T. O valor da compra rondou os 85,4 biliões de dólares (78,5 mil milhões de euros).
Deste negócio irá resultar a criação de uma nova empresa até ao final de 2017, avaliada em mais de 200 mil milhões de dólares. Isto também implicará que algumas marcas da Time Warner, tais como a CNN, a Cartoon Network, a CW, a DC Entertainment, a HBO e a Warner Bros passarão a ser propriedade deste novo aglomerado.
A AT&T é uma operadora de telecomunicações, provedora de TVcabo e internet móvel e fixa, que está avaliada em 230,6 biliões de dólares. Ao juntar-se com a Time Warner, o objetivo da primeira firma será o de ajudar a dar um boost a um novo negócio que irá fazer concorrência à Netflix: a DirectTVNow. Com os conteúdos da Time Warner do seu lado, a AT&T terá uma vantagem de peso para fazer concorrência a um dos serviços mais populares do momento.
Contudo, a fusão pode enfrentar a resistência de várias agências reguladoras americanas, sendo necessária, do ponto de vista de vários especialistas, uma análise aprofundada, tendo em conta a semelhança desta compra com a junção entre a da NBCUniversal e a Comcast.
A Time Warner já recebeu propostas anteriores de negócio que não tiveram sucesso. A primeira foi uma tentativa fracassada de fusão com o grupo de internet AOL, em 2000. A segunda foi uma outra proposta vinda da 21st Century Fox, há dois anos, que acabou por ser rejeitada devido à insuficiência de preço (75 biliões de dólares).
O interesse da AT&T pela Time Warner vem demonstrar “o valor dos meios de comunicação para diversos distribuidores”, salienta a RBC Capital Markets. Esta ação torna-se assim num dos maiores negócios de sempre, provando que o serviço da “televisão paga como app” (conforme descrita por Tony Gonçalves, vice presidente da AT&T), veio para ficar.