O nome David Heyman pode não ser familiar, mas os filmes que produziu até hoje são! Desde “Harry Potter” e “Gravidade” até “Era uma vez…Em Hollywood” e “História de Um Casamento”…
Foi na passadeira vermelha de “História de Um Casamento” que tive o prazer de trocar algumas palavras com David Heyman. Sendo este o seu primeiro filme para a Netflix, Heyman falou da sua experiência e deixou algumas dicas para quem quer fazer uma carreira no Cinema.
Fale-nos um pouco do quão diferente é este trabalho dos outros que já produziu.
“Cada filme é diferente, uma experiência diferente. Este ano com o filme do Tarantino(Era uma vez…Em Hollywood) e agora com este de Noah Baumbach! Há um imenso respeito por ambos e até algumas semelhanças. Ambos os realizadores filmam em película, são mestres das palavras, não deixam ninguém ter telemóveis durante filmagens e são realizadores fantásticos. O Noah (Baumbach) realiza de forma bastante calma enquanto o Quentin (Tarantino) é mais teatral. Mas são similar no que diz respeito ao saberem o que querem e saberem todas as possibilidades de um filme! Assim como, partes mais técnicas de maneira a se “conte” melhor uma historia.”
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Esta é a primeira vez que está a trabalhar com a Netflix, como foi a experiencia?
“Apenas tenho coisas boas a dizer sobre a Netflix. Um filme como este não teria a visibilidade e muito menos o empurrão promocional que tem tido se não fossem eles. Temos quatro semanas em que o “História de Um Casamento” estará nas salas de cinema antes de chegar à Netflix e irá continuar por mais quatro meses! O trabalho que fizeram com “O Irlandês” e com “Roma” mostra que estão a trabalhar com os melhores e dessa forma, a encontrar historias que não seriam encontradas de outra forma. “O Irlandês” nunca seria feito se não fosse pela Netflix. Eles estão a ajudar o cinema e aqueles que fazem cinema. Eu sei que outras distribuidoras estão a trabalhar duro mas os jovens hoje em dia, tirando os filmes da Marvel, vêm mais T.V.. Eu continuo a querer ver filmes no cinema mas, eu também quero poder ter opção de escolha e que os espectadores também tenham essa opção. O futuro é, se tudo correr bem, uma junção de ambos.”
Que conselho daria a quem está a dar os primeiros passos no Cinema?
” Faz o que amas, ama o que fazes! Essa é a chave. Julgo ser uma citação do Steve Jobs. É realmente importante que tenhas paixão e enquanto produtor, se conseguires encontrar um bom argumentista que também seja realizador ainda melhor! Facilita muito as coisas , pois assim, há apenas uma visão do projecto. Para mim é essencial acreditar nos sonhos e no que estás a fazer! Seres rígido e trabalhador/a e colaborares com pessoas que partilhem essa visão de fazer nada menos do que o melhor. Não acomodar mas puxar os limites!“