O Espectro de Sharon Tate é um drama inspirado num dos assassinatos mais famosos de Hollywood. Hilary Duff é Sharon Tate, uma estrela de cinema em ascensão, grávida do seu primeiro filho.
Casada com o realizador Roman Polanski (uma personagem ausente durante todo o filme), Sharon Tate vê os seus maiores medos tornarem-se realidade quando Charles Manson e os seus seguidores a decidem perseguir.
A história começa 72 horas antes do fatídico acontecimento de 9 de Agosto de 1969. Seguimos os últimos dias de Sharon Tate e os seus amigos (Jay Sebring, Wojciech Frykowski e Abigail Folger), sabendo de antemão que algo de macabro vai acontecer.
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Escrito e realizado por Daniel Farrands, O Espectro de Sharon Tate procura dar um olhar diferente a uma história já muito explorada. Com esse fim em vista, Farrands joga muito com o sobrenatural e a realidade, a paranóia de Sharon Tate e o facto de ser um acontecimento famoso. Mas será que as coisas poderiam ter ocorrido de outra forma?
Farrands procura usar o seu vasto conhecimento em filmes de terror e acontecimentos assustadores para criar uma atmosfera obscura e de suspense. No entanto, fá-lo de forma parcialmente bem sucedida tendo em conta o uso de demasiados clichés característicos do género de terror.
Apesar de um argumento diferente do esperado, a sua história ainda assim deixa muito a desejar. Farrands traz-nos ideias interessantes mas a execução fica aquém das expectativas. O elenco demasiado jovem (constituído por Hilary Duff, Jonathan Bennett, Lydia Hearst, Pawel Szajda e Bella Popa) não consegue elevar o argumento e captar a atenção do espectador.
Em suma, o drama deixa-nos com um sabor amargo, tanto ao nível do argumento como representação. Com um elenco jovem, O Espectro de Sharon Tate tenta demasiado ser diferente, conferindo-lhe assim um aspecto quase caricaturesco.