Enola Holmes | Millie Bobby Brown resolve este mistério elementar

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Enola Holmes é o filme mais recente da Netflix, com Millie Bobby Brown na pele da irmã mais nova de Sherlock.

Depois de tantas adaptações com a personagem de Sherlock Holmes, parece que chegou a vez da sua irmã brilhar.

Baseado nos livros de Nancy Spinger, Enolas Holmes chegou recentemente à Netflix, com Millie Bobby Brown no papel principal. Enquanto aguardamos ansiosamente pelo regresso de Stranger Things, podemos ver a adorável Eleven num registo muito diferente.

Sherlock é a personagem que mais entuasiamo gera, principalmente se falarmos nas performances de Robert Downey Jr. e o seu detective sárcastico ou e Benedict Cumberbatch, que trouxe o lado mais sombrio a Baker Street. Por outro lado, Enola não era um nome conhecido, nem fez parte do universo originalmente criado por Sir Arthur Conan Doyle.

Seria de esperar que este filme fosse rodeado de grandes mistérios com um plot forte e muita acção. No entanto, é o elenco o ponto forte deste filme e… Pouco mais.

Enola Holmes começa com a narração da própria Enola (Brown), mostrando a sua vida com a mãe Eudoria (Helena Boham Carter). Enola e Eudoria eram inseparáveis, sendo que Eudoria levava muito a sério a educação de Enola. Experiências científicas, gosto pela leitura, saber lutar para se defender,  Enola foi aprendendo de tudo um pouco – excepto como viver longe do conforto da mãe.

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Quando a mãe desaparece na manhã do seu décimo sexto aniversário, Enola chama os seus dois irmãos, Sherlock (Henry Cavill) e Mycroft (Sam Claflin) para ajudar a resolver este enigma. O Sherlock de Cavill deve ser o Sherlock mais musculado da história, mas é bom saber que entre resolver mistérios há sempre tempo para estar em forma. Este Sherlock está muito longe do que nos habituamos a ver. É ridiculamente empático para com a irmã, mostrando desde cedo que a respeita e até admira a sua inteligência.

Já o Mycroft de Claflin é irritante e resmungão, mas é a atitude dele que define a mensagem deste filme. Mycroft acha que Enola deve ser educada para se tornar numa senhora (casar, ter filhos, etc.), fazendo com que a irmã fuja de casa para encontrar a mãe. Nesta jornada, Enola trava amizade com Tewksbury (Louis Partridge), também ele um adolescente em fuga.

A luta de uma jovem para encontrar o seu caminho e ser o que quiser numa sociedade que apenas a vê como uma esposa já é um tema muito debatido em vários filmes. Portanto seria de esperar neste filme, para além deste grito de feminismo, houvesse os habituais puzzles por resolver, personagens em situações  fisicamente e mentalmente desafiantes e muita acção.

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Porém, no que toca a mistério, não há nada de excitante, mas o filme compensa com uma excelente atriz no papel principal. É Millie que impõe o tom nesta aventura, com uma interpretação energética e rebelde. Apesar de ser um filme tipico de domingo à tarde, já cheira a sequela.

A cinematografia também é um ponto forte neste Enola Holmes, com Giles Nuttgens (Colette) a mostrar uma cidade de Londres agitada e frenética na era Vitoriana. Já Consolate Boyle (A Dama de Ferro) faz um trabalho excelente no guarda-roupa.

Por seu lado, o argumento de Jack Thorne (His Dark Materials: Fronteiras do Universo) é aborrecido e sem sal e a busca pela mãe fica um pouco perdida quando misturada em políticas… Outro ponto negativo é a duração do filme. Duas horas são demasiadas para as (poucas) desventuras de Enola. Sem ofensa, Eleven!

Enolas Holmes estreou na Netflix a 23 de setembro de 2020.

 

 

 

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