Com novas caras no comando, Hollywood volta a tentar a sua sorte em dar vida a um franchise que estava adormecido com este “Homens de Negro: Força Internacional”.
“Homens de Negro” assaltou os cinemas no Verão de 1997, trazendo todo um novo imaginário ligeiramente adaptado das páginas do comic book com o mesmo nome, com Tommy Lee Jones e Will Smith a liderar este sucesso.
22 anos passados e depois de duas sequelas que ficaram aquém das expectativas, este franchise ganha novo sangue e volta a tentar a sua sorte no cinema, agora com Chris Hemsworth e Tessa Thompson nos principais papéis.
Servindo como sequela e um suave reboot dos seus antecessores, “Homens de Negro: Força Internacional” coloca o Agente H (Chris Hemsworth), um dos melhores agentes da agência mas que precisa de trabalhar no seu feitio de fanfarrão, e Agente M (Tessa Thompson), uma estagiária na agência, a colaborarem para impedir uma invasão alienígena fatal para o planeta Terra enquanto descobrem também quem de dentro da Agência Homens de Negro serve como espião para os vilões.
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Grande parte do sucesso deste universo residia no carisma de Will Smith e de Tommy Lee Jones, que carregavam os filmes até nos seus momentos mais bizarros. Para esta revitalização temos Hemsworth e Thompson a preencher estes lugares.
Já conhecidos das andanças de “Thor: Ragnarok”, ambos estão óptimos nas suas performances, com uma química tremenda, resultando tanto em momentos de acção como nos humorísticos de forma exímia. Revelam-se ser uma óptima adição à saga e com extrema capacidade para continuar com a mesma para futuras entradas.
“Homens de Negro: Força Internacional” pega naquilo a que já estamos habituados que este mundo nos ofereça, conseguindo ainda expandir o mesmo por outros territórios. Com imaginação para dar e vender e bons efeitos visuais, fazem referências nostálgicas aos outros filmes e criam novas criaturas que saem de um imaginário brilhante que deliciará os fãs.
Argumentativamente falando, o enredo é, em sua parte, bastante simples, apesar de todas as suas voltas e reviravoltas. Apesar de ser transposto para uma escala interplanetária, a história é compreensível e fácil de se seguir, fazendo sobressair os momentos de interação de personagens.
O único ponto menos positivo de “Homens de Negro: Força Internacional” é o facto de não ter nenhum vilão concreto ao longo de grande parte do filme. Como que num jogo de “Quem é Quem?”, a investigação para saber quem é o espião na agência tem um resultado previsível e que deixa um pouco a desejar. Isso, a juntar com certos momentos do segundo acto não terem um bom ritmo, faz com que esta novo “Homens de Negro” não atinja totalmente o nível do primeiro.
Contas feitas, “Homens de Negro: Força Internacional” é uma óptima revitalização deste franchise, divertido e com um belo imaginário, que conseguirá agradar fãs e angariar outros para este mundo. Alicerçado por um Hemsworth e uma Thompson no topo das suas capacidades, poder-se-á avizinhar um futuro risonho recheado de invasões alienígenas.