Agora que já se conhece os nomeados aos Óscares, recordamos os realizadores que arrecadaram mais nomeações ao longo de 90 edições.
Alfred Hitchcock – 5 nomeações
Apesar das nomeações encherem uma mão, a verdade é que Hitchcock nunca tocou em nenhuma destas estatuetas. No entanto foi-lhe atribuído em 1968 pela Academia o Irving G. Thalberg Memorial Award pela sua contribuição como realizador para a 7ª arte. O troféu não foi a habitual estatueta dourada mas um busto em bronze de Thalberg. O seu discurso quando aceitou o prémio é, sem dúvida, memorável: “Obrigado… muito obrigado mesmo”. O seu filme “Rebecca” (1940) foi nomeado para 11 categorias e venceu o Óscar de Melhor Filme.
Nomeações: “Rebecca” (1940) em 1941, “Um Barco e Nove Destinos” (1944) em 1945, “A Casa Encantada” (1945) em 1946, “A Janela Indiscreta” (1954) em 1955 e “Psycho” (1960) em 1961
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Frank Capra – 6 nomeações
Das seis nomeações para Melhor Realizador, venceu três no espaço de apenas 4 anos. Realizador consagrado, Capra marcou a Academia, adicionando às nomeações de Melhor Realizador mais nove noutras categorias. Dessas nove conquistou mais três estatuetas douradas, estabelecendo-se como um dos realizadores que mais Óscares conquistou com a sua filmografia.
Nomeações: “Milionária por Um Dia” (19330) em 1934, “Uma Noite Aconteceu” (1934) em 1935, “Doido com Juízo” (1936) em 1937, “Não o levarás Contigo” (1938) em 1939, “Peço a palavra” (1939) em 1940 e “Do Céu Caiu Uma Estrela” (1946) em 1947
Clarence Brown – 6 nomeações
Seis nomeações e nenhuma vitória para o realizador americano. O criador de “Anna Karenina” recebeu ainda uma nomeação como produtor, mas não levou a estatueta para casa. Apesar da ausência de Óscares, Clarence Brown conseguiu o impressionante feito de ser nomeado duplamente para Melhor Realizador em 1930.
Nomeações: “Romance” (1930) em 1930, “Anna Christie” (1930) em 1930, “Uma Alma Livre” (1931) em 1931, “A Comédia Humana” (1943) em 1944, “A Nobreza Corre nas Veias” (1944) em 1946 e “O Despertar” (1946) em 1947
Woody Allen – 7 nomeações
O ‘neurótico realizador’ é presença assídua nas nomeações da Academia. Para além das suas sete nomeações para Melhor Realizador (das quais só venceu uma), Allen tem associadas ao seu nome quase duas dezenas de indicações. Será que este ano esta lista crescerá?
Nomeações: “Annie Hall” (1977) em 1978, “Intimidade” (1944) em 1945, “O Agente da Broadway” (1984) em 1985, “Ana e as suas Irmãs” (1986) em 1987, “Crimes e Escapadelas” (1989) em 1990, “Balas sobre a Broadway” (1994) em 1995 e “Meia-Noite em Paris” (2011) em 2012
David Lean – 7 nomeações
O realizador britânico, responsável pela épica adaptação de “Grandes Esperanças” e “Lawrence da Arábia”, conquistou 7 nomeações para o Óscar de Melhor Realizador. Conquistou dois no curto período de 5 anos, sendo ainda hoje acalmado pelo seu estilo visual e técnico.
Nomeações: “Breve Encontro” (1945) em 1947, “Grandes Esperanças” (1946) em 1948, “Loucura em Veneza” (1955) em 1956, “A Ponte do Rio Kwai” (1957) em 1958, “Lawrence da Arábia” (1962) em 1963, “Doutor Jivago” (1965) em 1966 e “Passagem Para a Índia” (1984) em 1985
Steven Spielberg – 7 nomeações
Um nome que ainda hoje dá cartas na 7ª arte. Steven Spielberg é um dos incontornáveis realizadores da atualidade. Com 7 nomeações ao longo de mais de 30 anos, conquistou duas estatuetas pelas suas qualidades de realização. A adicionar a essas, junta um Óscar para Melhor Filme por “A Lista de Schindler”. Se não estamos em erro, a sua lista de nomeações continuará a aumentar até ao fim da sua já longa carreira.
Nomeações: “Encontros Imediatos do 3º Grau” (1977) em 1978, “Os Salteadores da Arca Perdida” (1981) em 1982, “E.T. – O Extra-Terrestre” (1982), “A Lista de Schindler” (1993) em 1994, “O Resgate do Soldado Ryan” (1998) em 1999, “Munique” (2005) em 2006 e “Lincoln” (2012) em 2013
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Fred Zinnemann – 7 nomeações
Durante os seus 25 anos de carreira, Fred realizou 25 filmes. Sete destes filmes valeram-lhe as nomeações da Academia para Melhor Realizador. Destes venceu apenas dois troféus mas os seus filmes conseguiram um impressionante número de nomeações: 65. Ficou conhecido por arriscar em todas as suas criações, criando filmes únicos que continuam a encantar gerações.
Nomeações: “Anjos Marcados” (1948) em 1949, “O Comboio Apitou Três Vezes” (1952) em 1952, “Até à Eternidade” (1953) em 1954, “A História de Uma Freira” (1959) em 1960, “Três Vidas Errantes” (1960) em 1961, “Um Homem para a Eternidade” (1966) em 1967 e “Julia” (1977) em 1978
Martin Scorsese – 8 nomeações
Apesar das numerosas nomeações, Martin Scorsese só arrecadou uma estatueta. Mas na verdade não é qualquer um que consegue oito nomeações para Melhor Realizador. Com um grande número de projetos entre mãos, as nomeações da Academia vão com certeza aumentar. Para já, Scorsese é o realizador vivo com mais nomeações nesta categoria.
Nomeações: “O Touro Enraivecido” (1980) em 1981, “A Última Tentação de Cristo” (1988) em 1989, “Tudo Bons Rapazes” (1990) em 1991, “Gangs de Nova Iorque” (2002) em 2003, “O Aviador” (2004) em 2005, “The Departed – Entre Inimigos” (2006) em 2007, “A Invenção de Hugo” (2011) em 2012, “O Lobo de Wall Street” (2013) em 2014
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Billy Wilder – 8 nomeações
O homem que trocou a advocacia pelo cinema, partilha um honroso segundo lugar com Scorsese. Das suas oito nomeações, venceu apenas duas. A estas duas estatuetas de Realização junta 3 de Argumentação e 1 de Melhor Filme. À semelhança de Hitchcock, venceu o Irving G. Thalberg Memorial Award em 1988.
Nomeações: “Pagos a Dobrar” (1944) em 1945, “Farrapo Humano” (1945) em 1946, “Crepúsculo dos Deuses” (1950) em 1951, “Inferno na Terra” (1953) em 1954, “Sabrina” (1954) em 1955, “Testemunha de Acusação” (1957) em 1958, “Quanto Mais Quente Melhor” (1959) em 1960 e “O Apartamento” (1960) em 1961
William Wyler – 12 nomeações
O detentor do recorde de nomeações para Melhor Realizador venceu 3 dos 12 a que foi indicado. Considerado dos melhores realizadores da sua época, só perdia terreno para John Ford, que detém o recorde de Óscares recebidos na categoria de Melhor Realizador. Também ele venceu o Irving G. Thalberg Memorial Award, em 1966.
Nomeações: “Veneno Europeu” (1936) em 1937, “O Monte dos Vendavais” (1939) em 1940, “A Carta” (1940) em 1941, “Raposa Matreira” (1941) em 1942, “A Família Miniver” (1942) em 1943, “Os Melhores Anos das Nossas Vidas” (1946) em 1947, “A Herdeira” (1949) em 1950, “História de um Detective” (1951) em 1952, “Férias em Roma” (1953) em 1954, “Sublime Tentação” (1956) em 1957, “Ben-Hur” (1959) em 1960, “O obcecado” (1965) em 1966