Mad Max: Estrada da Fúria levou-nos de volta ao mundo apocalíptico de Mad Max. Encontrámos muitas coisas estranhas que nunca tínhamos visto antes, incluindo uma guitarra lança-chamas.
Vivemos numa era em que os efeitos especiais conseguem parecer quase indistinguíveis da realidade, mesmo que seja necessário um enorme investimento e inúmeras horas de trabalho por parte dos artistas. No entanto, nada é mais real que a realidade. Portanto, George Miller não se poupa a trabalho para fazer os seus filmes, incluindo efeitos práticos.
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E esse trabalho certamente valeu a pena, porque o filme pode ter sofrido atrasos e ter levado vários anos a ser concluído, mas quando Mad Max: Estrada da Fúria chegou aos cinemas, foi aclamado e mesmo nomeado para um Óscar na categoria de melhor filme.
Um efeito em particular, que é uma boa ilustração da insanidade que se manifesta no mundo pós-apocalíptico de Mad Max é a guitarra lança-chamas do guerreiro Doof. O artista Matt Boug partilhou que:
[…] Então [Michael] Ulman criou a versão da guitarra Doof como uma peça escultural feita de ferro-velho. Alguns dos objectos usados incluem buzinas, partes de trombetas e um penico.“O meu trabalho era pegar na escultura e torná-la durável para um ano no deserto pendurada num jipe durante uma tempestade de areia. Tinha que funcionar como uma guitarra verdadeira para que iOTA, o ator que interpreta o guerreiro Doof, pudesse tocar para os seus camaradas guerreiros. Também tinha que funcionar como um lança-chamas. Para fazer isso funcionar tinha que construir um chassis, como um carro. Transplantei a eletrónica de uma guitarra de dois braços para o chassis que construí. E depois de dizer muitas asneiras, prendi o penico como cobertura. Arranjei um tipo velho dos bairros da Namíbia, em África, que restaurava guitarras, para me ajudar com a electrónica. Ele estava um pouco perplexo com o desenho. «Vai tocar música de cáca com isto?» perguntou ele, referindo-se ao penico.
Fazer a coisa funcionar musicalmente foi a parte mais difícil – manter o braço da guitarra e os ângulos corretos para que a guitarra se mantivesse afinada enquanto era atirada por todo o lado e deixada ao sol. Mas no dia que finalmente a ligámos a um amplificador e tocámos as primeiras notas de “Baby Did a Bad Bad Thing” de Chris Isaak foi certamente um dia feliz. iOTA queixou-se que era uma guitarra de caca, mas toda a gente adorou e perdeu a cabeça com ela.