Loucura com o equilíbrio perfeito. Apaixonado pela 7ª arte, Joaquin Phoenix não conhece limites na dedicação às suas personagens.
Estes são os 5 melhores filmes do actor Joaquin Phoenix
Joaquin Phoenix nasceu em Porto Rico no ano de 1974 e encetou a sua carreira de ator com uma pequena participação num episódio da série “Seven Brides for Seven Brothers”, em 1982, estreando-se no grande ecrã quatro anos depois no filme “Gravidade Zero”.
Intimamente ligado a personagens loucas e, por isso mesmo, difíceis de interpretar, Phoenix mostra-se bastante versátil. O ator não rejeita os grandes desafios quando acredita nos projetos. A prova disso mesmo são os filmes “I’m Still Here” e “Uma História de Amor”. O falso documentário que fez com que todos acreditassem que a carreira de Phoenix como ator tinha acabado e um desviar da linha que tinha traçado até então, com um filme mais intimista, que se centra na sua personagem e numa voz que ouve através de uma aplicação.
No entanto, é com as personagens mais loucas e perturbadas, muitas vezes perseguidas pelo passado, que consegue, cada vez mais, alargar a já grande legião de fãs que tem, como é o caso da interpretação de Freddie Quell em “O Mentor”.
Joaquin Phoenix, não fugindo muito dessas mesmas personagens carismáticas e muito particulares, conseguiu ainda excelentes desempenhos em filmes mais independentes e não tão conhecidos como em “Duplo Amor”, em 2008, “Vício Intrínseco”, em 2014, e, mais recentemente, em “Nunca Estiveste Aqui”, em 2018.
O ator irá interpretar num futuro muito próximo, uma das personagens mais carismáticas das bandas-desenhadas e do cinema. Phoenix será Joker, o mais louco vilão de Gotham.
Joker (2019)
Personagem: O vilão mais famoso da história do cinema e o maior inimigo de Batman.
A performance de Joaquin Phoenix como Joker é soberbo, o ator consegue passar emoção para o público durante todo o filme.
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Phoenix é soberbo, repito. Chega a ser muito perturbador mas ao mesmo tempo deslumbrante e não conseguimos sequer desviar o olhar o ecrã.
Realizador: Todd Phillips
Commodus em “Gladiador” (2000)
Personagem: O filho de um imperador romano que, após não ser a escolha do seu pai para o suceder no trono, assassina-o, tornando-se dessa forma o novo imperador.
Letal, atroz e cruel é assim definido Commodus. Commodus é o exemplo perfeito quando se quer expor a ideia dos vilões de que ninguém gosta, não pelo seu desempenho, mas pelo que representa, pelo que o caracteriza como personagem.
Phoenix consegue uma grande cumplicidade com Russell Crowe, o que faz com que, nas cenas em que ambos contracenam juntos, haja uma confiança e uma facilidade de representar enorme. E quando assim é, a probabilidade de algo falhar é bem mais reduzida. Existe uma grande afinidade entre ambos, é como que se os atores e, nomeadamente as suas personagem, se complementassem.
Com o seu desempenho neste filme, Joaquin Phoenix arrecadou a sua primeira nomeação para os Óscares, na categoria de ator secundário.
Realizador: Ridley Scott
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John R. Cash em “Walk the Line” (2005)
Personagem: Um cantor, compositor, escritor e diretor que foi considerado um dos artistas mais influentes do século XX.
Baseado na história de vida de John R. Cash, Walk the Line é um filme biográfico, muito bem realizado, com um argumento muito sólido, suportado pelo livro escrito pelo o próprio cantor, que é coroado com excelentes interpretações, nomeadamente de Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon.
Uma das provas da enorme dedicação do ator ao cinema é a forma como se entrega às personagens. Phoenix, para o desempenho neste filme, adotou o estilo de vida de John R. Cash e, devido a isso, após a conclusão do filme, teve mesmo de ser hospitalizado. O rei da música country levava uma vida repleta de excessos, onde a irreverência e, sobretudo, o vício pelo álcool e pelas anfetaminas, o levou por diversas vezes à cadeia, estando também na origem dos desentendimentos amorosos.
Joaquin Phoenix, com a prestação neste filme, conseguiu a sua segunda nomeação ao prémio máximo do cinema. A primeira como ator principal.
Realizador: James Mangold
Joaquin Phoenix em “I’m Still Here” (2010)
Personagem: Um ator que decide retirar-se do mundo dos filmes e dedicar-se à música, encetando uma carreira de rapper.
“I’m Still Here” é um falso documentário. O filme foi tão bem preparado e protegido que todos, não só nos Estados Unidos da América, mas também no resto mundo, acreditaram que Phoenix se ia afastar definitivamente do mundo do cinema. A presença do ator em alguns talk shows, onde interpretava fielmente a personagem do filme para o qual trabalhava sem ninguém saber, ajudavam a corroborar essa mesma ideia.
Este papel interferiu e muito na carreira de Phoenix, não propriamente pela qualidade do filme, mas sim pela forma como enganou o mundo durante dois anos, sendo fiel à sua personagem, num dos trabalhos mais longos realizados pelo ator.
Realizador: Casey Affleck
Freddie Quell em “The Master – O Mentor” (2012)
Personagem: Um veterano da marinha que volta a casa após ter participado numa guerra e é convencido pelo líder de um movimento filosófico conhecido como “A Causa”, a fazer parte desse mesmo movimento.
Freddie Quell é uma personagem bem à imagem de Joaquin Phoenix. Alienado, completamente louco, Quell revela-se um homem perturbado, viciado em sexo, que verdadeiramente nunca se chega a encontrar. Phoenix diverte-se ao interpretar este homem insano e isso é notório. A entrega do ator e a forma como desempenha o papel é brilhante.
“The Master”, ou, em português, “O Mentor”, está recheado de cenas peculiares e impactantes, muitas delas protagonizadas pelo próprio Phoenix. Philip Seymour Hoffman e Amy Adams complementam muito bem o trabalho desenvolvido por Phoenix, formando um trio de atores sublimes, com desempenhos marcantes e que enriquecem muito o filme.
Com a sua prestação nesta obra de Paul Thomas Anderson, o ator completou a trilogia de nomeações que conseguiu arrecadar ao longo da sua carreira, uma vez mais, na categoria de ator principal.
Realizador: Paul Thomas Anderson
Theodore em “Uma História de Amor” (2013)
Personagem: Um escritor bastante solitário desenvolve um relacionamento com um sistema operacional desenhado para satisfazer todas as suas necessidades.
Muito provavelmente o filme e a personagem mais diferentes dos quais Joaquin Phoenix participou e interpretou. Contudo, não é por esse motivo que não consegue alcançar um sucesso significativo, muito pelo contrário. Esta longa-metragem de Spike Jonze consegue mostrar sobretudo a versatilidade do ator.
Uma personagem com uma vida estável, todavia emocionalmente desequilibrada, oscilando entre a pura felicidade e o desencantamento com a vida. Phoenix consegue, juntamente com uma realização muito bem executada por parte de Jonze, captar a atenção de quem vê, não desiludindo na forma como consegue transpor todos os sentimentos e emoções para o lado de cá do ecrã.
Realizador: Spike Jonze
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