The Equalizer 2 é a segunda entrada nesta saga de ação. Trata-se, igualmente, da primeira sequela que Denzel Washington aceitou protagonizar em toda a sua carreira como ator.
Dando seguimento ao universo que estreou em 2014, The Equalizer 2 segue a personagem Robert McCall (Denzel Washington), que tenta levar uma vida normal como motorista da Lyft. Porém, quando a sua amiga e antiga colega Susan Plummer (Melissa Leo) é assassinada, McCall tem de entrar em acção, de modo a descobrir quem cometeu o crime, num acto em que terá de recordar o seu passado.
Antoine Fuqua regressa à realização com esta saga, oferecendo-nos um thriller moderno ao estilo dos anos 80. O realizador aproveita assim para cunhar a sua identidade, com uma realização firme e uma fotografia com beleza natural, sem muitos floreados, que apresenta a cidade circundante como ela própria é, com todos os seus defeitos e feitios. A própria cidade torna-se assim uma personagem.
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Tal como no primeiro filme, a acção é top notch, violenta e demasiado realista. Apesar de não ter momentos tão memoráveis comparativamente com o primeiro filme, conseguirá arregalar muitos olhos e afundar-nos no nosso assento enquanto presenciamos algo que damos graças por não nos estar a acontecer a nós. Tudo isto é carregado por Denzel Washington, com uma excelente performance da sua personagem metódica e intrigante. Um autêntico vigilante moderno, que ninguém consegue parar.
Porém, The Equalizer 2 sofre dos mesmos problemas que o seu antecessor, e muito se deve ao argumento. Para além da história central – relativamente à investigação da morte de Susan – existem várias histórias secundárias que não combinam diretamente umas com as outras. Acabam também por tirar demasiado tempo à história principal do filme. Devido a todas as histórias que quer contar, o argumento divaga e perde-se nas suas teias, tornando-se quase episódico. Passa de cena para cena sem que exista uma ligação direta de umas com as outras.
Para além disso, considero que poderia ter existido um maior desenvolvimento sobre o vilão e os seus motivos. Com todo o tempo dispensado nas histórias secundárias que não combinam de forma harmoniosa com o contexto geral, o argumento poderia ser mais despido e encurtar a duração do filme, tornando-se mais focado no seu objetivo geral.
No geral, The Equalizer 2 não é tão memorável quanto o seu antecessor. Mas em termos de produto final, é um excelente filme de acção. Acaba assim por revelar-se diferente daquilo a que estamos habituados a que Hollywood nos ofereça. Denzel Washington voltar a brilhar e a mostrar porque é um dos melhores actores da actualidade. Que venha um terceiro, estaremos à espera pacientemente.