O Family Film Project está de volta para a sétima edição. Terá a duração de seis dias e promete muitas surpresas.
De 15 a 20 de outubro, o Family Film Project – Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Memória e Etnografia – está então de volta para a 7.ª edição com sessões de cinema, masterclasses, performances e vídeo-instalações. O Family Film Project é organizado pelo Balleteatro, estrutura residente no Coliseu do Porto Ageas. É financiado pelo Governo de Portugal e DGArtes, com co-produção da Câmara Municipal do Porto.
“A Grande Nuvem Cinza”, do brasileiro Marcelo Munhoz, filme vencedor da edição de 2017 do festival, marca o arranque do Family Film Project a 20 de outubro, às 21:30, no Passos Manuel.
A secção competitiva integra curtas e longas-metragens provenientes de vários países e de diferentes géneros. Do documentário ao experimental, da dimensão sensológica à crítica social, do registo intimista do “home-movie” às paisagens temáticas e etnográficas. O júri vai atribuir o Grande Prémio do Júri e o Prémio para Melhor Ficção. É constituído pela artista Gabriela Vaz Pinheiro, pela socióloga e historiadora Paula Rabinowitz, bem como pela poetisa, cineasta e dramaturga Regina Guimarães. Daniel Blaufuks é o artista convidado do festival.
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Destaque ainda para a estreia da longa-metragem “Marias da Sé”, de Filipe Martins, quarta-feira, 17, às 21:30, no Passos Manuel. No mesmo dia será apresentada a publicação Unframing Archives. A obra reúne um conjunto de ensaios e entrevistas sobre o cruzamento entre o cinema, as artes e o arquivo. Textos de Andrzej Marzec, Bill Nichols, Catarina Mourão, Deirdre Boyle, Éfren Cuevas, Fernanda Fragateiro, Filipe Martins, Miguel Leal e Péter Forgács.
Também no âmbito do festival, os teóricos norte-americanos Bill Nichols e Paula Rabinowitz estarão no Porto para orientar duas masterclasses. Nichols convida a uma análise das cenas introdutórias nos filmes documentais, bem como dos modos como se articulam com a totalidade das respetivas obras.
Paula Rabinowitz propõe explorar, através do recurso a registos de memória, dois casos biográficos do seu próprio seio familiar. Isto, para uma contextualização mais alargada e transgeracional dos mecanismos sociais de construção identitária durante e após a segunda guerra. Ambas as masterclasses são de frequência gratuita mediante inscrição prévia no website do Family Film Project.
Entretanto, a 16 de outubro, o bar Maus Hábitos recebe o ciclo de performances Private Collection. Contará com espetáculos de Joana Craveiro, Jorge Gonçalves e Miguel Bonneville. Durante o festival será igualmente exibido, em permanência no Passos Manuel, um conjunto de vídeo-instalações coordenadas por Gabriela Vaz Pinheiro.
A 7.ª edição do Family Film Project termina posteriormente em festa no sábado, 20 de outubro, com um DJ set de ocp – operador de cabine polivalente (João Ricardo) no Passos Manuel, com entrada livre.